Dólar sobe e fecha a R$ 5,36 após dado forte do PIB nos EUA; Ibovespa cai

  • 25/09/2025
(Foto: Reprodução)
Prévia da inflação sobe 0,48% em setembro O dólar fechou em alta de 0,69% nesta quinta-feira (25), cotado a R$ 5,3634. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,81%, aos 145.306 pontos. O dia foi marcado pela divulgação de dados econômicos relevantes no Brasil e nos Estados Unidos. Lá fora, investidores acompanharam a revisão do crescimento da economia americana. Por aqui, foram publicadas as projeções do Banco Central e a prévia da inflação de setembro. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, a agenda de indicadores foi movimentada. O destaque foi a revisão do PIB, que mostrou crescimento de 3,8% no segundo trimestre. O número veio acima da primeira estimativa, de 3,3%, e também das previsões dos economistas, que não esperavam mudanças. (veja mais) O resultado acima do esperado leva os investidores a acreditarem que o BC americano pode adiar novos cortes nos juros previstos para este ano. Isso tende a fortalecer o dólar, já que os investimentos no país ficam mais atrativos, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão negativa sobre a bolsa brasileira. ▶️ Ainda por lá, três representantes do banco central se manifestaram ao longo do dia: Jeffrey Schmid defendeu um corte pequeno para ajudar o mercado de trabalho; Stephen Miran pediu uma redução maior, de até 2 pontos; já Austan Goolsbee foi mais cauteloso e disse que cortar rápido demais pode ser arriscado enquanto a inflação estiver alta. ▶️ Por aqui, antes da abertura do mercado, o Banco Central divulgou seu relatório trimestral e reduziu de 2,1% para 2% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2025. A instituição também projetou o PIB para o ano que vem que, se confirmado, poderá apresentar o menor avanço desde 2020. ▶️ Em seguida, o IBGE apresentou a prévia da inflação de setembro, medida pelo IPCA-15. O índice subiu 0,48% no mês, levemente abaixo do esperado (0,51%). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 5,32%. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,81%; Acumulado do mês: -1,08%; Acumulado do ano: -13,21%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,38%; Acumulado do mês: +2,75%; Acumulado do ano: +20,80%. Relatório de Política Monetária do BC O Banco Central publicou hoje o relatório de política monetária referente ao terceiro trimestre, no qual revisou para baixo sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, de 2,1% para 2%. Para 2026, ano de eleições presidenciais, o Banco Central estimou um crescimento ainda mais modesto para o PIB brasileiro: 1,5%. É a primeira vez que a instituição apresenta uma projeção para a atividade econômica do próximo ano. Segundo dados oficiais, caso se confirme, a projeção de crescimento do Banco Central para o próximo ano será a menor desde 2020, quando houve uma retração de 3,3% devido à pandemia de Covid-19. A expectativa de menor crescimento do PIB, tanto neste ano quanto no próximo, ocorre em um contexto de manutenção dos juros em níveis elevados, como forma de conter pressões inflacionárias. IPCA-15 de setembro O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, subiu 0,48% em setembro — resultado ligeiramente abaixo das estimativas de economistas, que previam alta de 0,51%. Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses; Em 2025, a inflação chegou a 3,76%. Segundo o IBGE, o principal responsável pela alta foi o grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial. Após queda de 4,93% em agosto, o item avançou 12,17% devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia sido aplicado nas faturas do mês anterior. Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, a prévia da inflação de setembro trouxe sinais positivos, com destaque para a melhora na composição do índice — especialmente na média dos núcleos, que registra alta de 5,9% em 12 meses. Segundo ele, embora o nível ainda esteja elevado e acima do teto da meta (4,5%), a combinação entre a perda de ritmo da atividade econômica e o recuo nos núcleos reforça a confiança em um processo de desaceleração. “[Esse resultado] reforça nossa confiança na trajetória de queda da inflação. Mantemos a projeção de 4,6% para este ano e 4% para o próximo, além da expectativa de corte na taxa de juros a partir de janeiro, com redução inicial de 50 pontos-base, levando a Selic de 15% para 14,5%”, afirma Barbosa. Dados econômicos dos EUA Indicadores relevantes da economia americana foram divulgados nesta quinta-feira, com destaque para a revisão do Produto Interno Bruto (PIB), que apresentou crescimento de 3,8% no segundo trimestre, em ritmo anual, segundo o Departamento de Comércio. O resultado ficou acima da estimativa inicial de 3,3% e também superou as previsões de especialistas, que não esperavam alterações. Esse desempenho foi impulsionado, em parte, pelos investimentos das empresas em tecnologia, com destaque para a área de inteligência artificial. Os números mais fortes que o esperado impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante outras divisas, com investidores dosando a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses. No primeiro trimestre, a economia teve queda de 0,6%, um recuo ligeiramente maior que os 0,5% informados anteriormente. Essa queda foi atribuída à antecipação de importações no início do ano, em resposta às tarifas impostas pelo governo Donald Trump — um movimento que se estabilizou no trimestre seguinte. Além disso, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 14 mil, para 218 mil na semana encerrada em 20 de setembro, em dado com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo das projeções de economistas, que previam 235 mil pedidos. No setor imobiliário, as vendas de casas usadas caíram 0,2% em agosto, chegando a uma taxa anual de 4 milhões de unidades — ligeiramente abaixo do resultado de julho, que foi de 4,01 milhões. Apesar da queda, o total superou a previsão dos analistas, que estimavam 3,96 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 1,8%. A queda observada em agosto reflete a dificuldade dos compradores diante dos preços ainda altos dos imóveis e das taxas de financiamento, que continuam elevadas, mesmo após cortes recentes nos custos. Outro dado acompanhado com atenção foi o dos pedidos de bens de capital — uma forma de medir os investimentos das empresas. Em agosto, houve alta de 0,6%, após uma revisão para baixo do crescimento de julho, que passou de 0,8%. A previsão era de uma queda de 0,1%. Parte desse aumento, porém, pode estar relacionada ao encarecimento dos produtos, já que as tarifas sobre importações elevaram os custos para a indústria. Falas de membros do Fed Ao longo desta quinta-feira, declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também ficaram no radar dos investidores. O presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, avaliou que o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, decidido na semana passada, foi uma medida necessária para preservar a força do mercado de trabalho. Ele destacou que, embora a economia esteja em boa posição em relação às metas de inflação e emprego, "alguns dados recentes sugerem um risco crescente de que o mercado de trabalho possa se enfraquecer de forma mais substancial ou abrupta do que eu estava prevendo". Stephen Miran, diretor do Fed indicado por Donald Trump, fez críticas mais incisivas à atual política monetária. Em entrevista à “Fox Business”, ele afirmou que os juros elevados tornam a economia americana mais vulnerável a choques negativos. "Quando a política monetária está nessa postura restritiva, a economia se torna mais vulnerável a choques negativos", disse Miran. Para ele, o banco central deveria reduzir as taxas em dois pontos percentuais, por meio de cortes de meio ponto cada. Miran também questionou o argumento de que as tarifas comerciais estariam pressionando os preços, ponto que, segundo ele, ainda segura a posição mais cautelosa de parte dos membros do Fed. Já o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, adotou um tom mais cauteloso. Ele alertou que novos cortes de juros podem ser precipitados enquanto a inflação segue acima da meta de 2% e o mercado de trabalho mostra apenas leve desaceleração. “Quero que fiquemos atentos e isso me faz pensar que uma forte antecipação de cortes antes de sabermos se isso é tudo o que haverá sobre a inflação e antes de sabermos se essa inflação será persistente corre o risco de ser um erro”, disse Goolsbee. Para ele, a política atual é apenas “moderadamente restritiva” e não tão dura a ponto de exigir cortes acelerados, como defende Stephen Miran. Ele destacou que setores sensíveis aos juros, como investimentos empresariais, seguem resilientes, apesar da fraqueza do setor imobiliário. “Sinto-me confortável... com o corte em um caminho gradual, enquanto continuamos a coletar informações para garantir que não fomos desviados de onde queremos estar", completou. Bolsas globais Os índices em Wall Street fecharam em queda, influenciados pelos novos dados econômicos e pelas declarações de autoridades do Fed. Com isso, o otimismo dos investidores diminuiu em relação à possibilidade de cortes nos juros. O Dow Jones teve leve baixa de 0,38%, ficando em 45.947 pontos. O S&P 500 caiu 0,50%, para 6.604 pontos, e o Nasdaq recuou 0,50%, atingindo 22.385 pontos. As bolsas europeias encerraram o dia em queda nesta quinta-feira. O recuo foi influenciado pela desvalorização de empresas do setor médico, após os EUA anunciarem novas investigações sobre importações. Além disso, investidores analisavam declarações de autoridades do banco central americano e dados econômicos, em busca de sinais sobre os próximos passos da política monetária. Os principais índices registram perdas: o STOXX 600 recuou 0,7%; o DAX, da Alemanha, caiu 0,56%; o FTSE 100, do Reino Unido, perdeu 0,39%; o CAC 40, da França, teve baixa de 0,41%; e o FTSE MIB, da Itália, recuou 0,43% Na Ásia, os mercados tiveram resultados mistos. Na China, as ações subiram, impulsionadas por empresas de inteligência artificial e tecnologia de chips. Já em outras partes da região, o movimento foi mais contido ou negativo. No fechamento, o índice CSI300, que reúne grandes empresas da China, subiu 0,60%, enquanto o índice de Xangai teve leve queda de 0,01%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,13%. Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,27%. Outros mercados asiáticos tiveram variações menores: Seul (-0,03%), Taiwan (-0,66%), Cingapura (-0,39%) e Sydney (+0,10%). Dólar freepik

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/09/25/dolar-ibovespa.ghtml


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