Haddad diz que, com reforma, ricos vão pagar mais barato pela carne e defende elevar impostos

  • 24/09/2025
(Foto: Reprodução)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião na Comissão de Agricultura da Câmara Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (24), em audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que os ricos vão pagar mais barato pela carne por conta da redução de tributos prevista na reforma tributária. A decisão de desonerar a carne, no âmbito da reforma tributária sobre o consumo, aprovada em 2024, contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula defendia cortar impostos só da "carne que o povo consome", algo que a Fazenda considerava, à época, impossível de ser fiscalizado. A proposta original da equipe econômica, chefiada por Haddad, era de que a carne fosse tributada com um imposto intermediário (40% do valor total), por ser consumida, principalmente, pela população mais rica. E que os pobres, quando comprassem o produto, fossem beneficiados pelo chamado "cashback", ou seja, devolução de uma parte do imposto pago. "Se fizermos um balanço do nosso diálogo nesses três anos [com o setor agrícola], vamos pegar um caso emblemático, a reforma tributária. Foi feita com o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária [FPA]. Houve diálogo na composição da cesta básica, na inclusão de produtos hoje onerados, no âmbito dos estados, como a carne", disse o ministro Haddad. ▶️Ele lembrou que os estados tributam atualmente a carne, mas que ela será totalmente desonerada (com alíquota zero) a partir de 2027 por conta de decisão do Legislativo. "Qualquer classe social, até o rico vai pagar mais barato a carne, em virtude do que o Congresso decidiu", acrescentou ele. Aumento de impostos Reforma Tributária: Câmara aprova taxa zero para carnes e imposto menor para remédios; Nilson Klava analisa Durante audiência pública no Congresso Nacional, o ministro Fernando Haddad, também defendeu a aprovação da Medida Provisória 1.303, proposta neste ano pelo governo federal para ajudar a fechar as contas em 2026. A proposta, que contempla o aumento da tributação sobre empresas (juros sobre capital próprio), "fintechs", apostas online, criptoativos, cooperativas e títulos incentivados — como LCI e LCA — enfrenta, porém, forte resistência do setor produtivo. Publicada em junho, a Medida Provisória está em vigor, mas tem de ser votada pelo Congresso Nacional até o início de outubro para não perder a validade. Nas contas do governo, as propostas nela contidas gerarão um incremento de arrecadação de R$ 21 bilhões em 2026. ▶️Se a Medida Provisória for derrubada, toda, ou em partes, a equipe econômica terá de fazer ajustes no orçamento, antes de sua aprovação pelo Legislativo, para compensar a perda de recursos e tentar atingir a meta fiscal. ▶️Na Câmara dos Deputados, Haddad afirmou que a derrubada da Medida Provisória "machucaria" o agronegócio e os deputados em várias frentes. Ele citou, por exemplo, que haveria menos recursos para as emendas parlamentares e, também, para o plano safra destinado ao setor, assim como menos verbas para as estradas - usadas pelo agronegócio para escoar a produção. Ele defendeu a taxação das chamadas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) por entender que parte dos recursos captados ficam com as instituições financeiras, e não com os setores que deveriam ser beneficiados. "Boa parte do beneficio fica no meio do caminho, não vai ao produtor. LCI e LCA são emitidos por instituições financeiras, CRA e CRI são emitidos pelo setor. Não é o caso das letras emitidas. Sabe quem nos fez enxergar esse problema? As instituições financeiras. Fomos alertados pelos principais emissores de letras que o dinheiro estava ficando pelo caminho, e que havia formas mais inteligentes de favorecer a construção civil e agricultura", disse o ministro Haddad. Ele indicou, ainda, que podem ser destinados mais recursos para os setores por meio de decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN), podendo envolver crédito subsidiado (como o contemplado nos planos safras). "Que vem sendo feita para canalizar os recursos para produção, e não especulação. O que adiante ter um título isento fruto da especulação. Enquanto pode ter um título incentivado para a economia real", questionou.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/09/24/na-comissao-de-agricultura-haddad-diz-que-ricos-vao-pagar-mais-barato-pela-carne-e-defende-aumento-de-impostos-proposto.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. It's My Life

Bon Jovi

top2
2. I Don't Want To Talk About It

Rod Stewart Live at Royal Albert Hall

top3
3. My Sweet Lord

Billy Preston

top4
4. How Deep Is Your Love

Bee Gees

top5
5. Meu Disfarce

Bruno & Marrone

Anunciantes